Floriana Bertini de Abreu é Cardiologista e fotógrafa amadora. Mas quando seus pais escolherem esse nome ela já estava predestinada a encontrar a felicidade por meio das flores.
Conheci Floriana num exame de rotina, é verdade a vida sempre se encarrega de colocar pessoas amantes de flores no meu caminho. Durante o exame tivemos uma super afinidade, e quando ela descreveuu o Projeto “Flores no caminho”, de psicologia positiva, relacional, a cada palavra de Floriana eu ficava mais fascinada.
Ela faz parte do Instituto Vida Positiva uma organização formada por profissionais com diferentes especialidades, mas com um DNA comum: fazer a diferença na vida das pessoas através da ciência da felicidade, da promoção de saúde e do bem estar. A equipe do Instituto Vida Positiva põe na prática todas as teorias da Ciência da Felicidade. E, ainda, incorpora conceitos inovadores. É “o jeito Harvard de ser feliz” adequado à sociedade e realidade brasileiras. A ciência mostra que felicidade, quando praticada com foco e determinação, tem quebrado inúmeros paradigmas mundo afora. Temas como produtividade, saúde, nutrição, confiança, criatividade, relacionamento, otimização de tempo, bem estar, educação financeira, entusiasmo, entre outros, são tratados numa visão 360º, englobando tanto a saúde física como mental.
No Instituto Vida Positiva Floriana desenvolve o ramo voltado a educação emocional na infância, o Vidinha Positiva.
Floriana também colabora com o Instituto Movimento pela Felicidade que tem o propósito de desenvolver, sistematizar e irradiar a ciência da Felicidade, permitindo a sua melhor compreensão e efetiva aplicação como movimento transformador das pessoas, das organizações e da sociedade. Ele reune diversos profissionais que acreditam que a felicidade é direito de todos. Como ciência pode ser explicada e como habilidade pode ser aprendida.
Mas o que isso tem a ver com flor?
Ela convida especialmente as pessoas a nunca perderem o entusiasmo e se permitam encontrar uma flor para cada pedra ou obstáculo que aparecer no caminho.
Flor? Como assim flor? Moramos em uma grande cidade cinza e, na maior parte do tempo, travamos uma batalha dura contra o relógio, trancafiados em escritórios, atrás da tela de um ou vários computadores.
Quem tem tempo para encontrar as flores no caminho? O que representa, na vida moderna, encontrar flores no caminho?
Tudo começou no dia 7 de janeiro de 2016… Floriana é ergometrista e no intervalo entre o exame de um paciente e outro, durante uma pausa para um café, foi quando tudo aconteceu, ela encontrou a primeira flor…
“Era uma florzinha roxa, miúda, sozinha, no canteiro decorativo do jardim de onde eu trabalho. Senti o impulso de fotografá-la naquele momento com o dispositivo que estava ao meu alcance, ou seja, a câmera do celular. Logo reprimi o impulso: onde já se viu desperdiçar segundos do meu tempo altamente produtivo para tirar fotos de uma flor qualquer no chão? Nessa hora, lembrei de uma frase que, em diversas ocasiões, já me deu a oportunidade de mudar a vida: tudo pode ser diferente. Diferente? Sim, diferente. Nem tudo precisa ser do jeito que é. (Quase) tudo pode ser diferente. Há mais de um jeito para a maioria das coisas. Apesar de não constar na lista de itens permitidos durante o horário de trabalho, era possível capturar a imagem daquela flor. O impulso falou mais alto: olhei para os lados, agachei e, em menos de um minuto, garanti a imagem. Quase furtivamente. E gostei. Felicidade clandestina“.
Ela não atrasou o exame do paciente agendado no horário seguinte, e nada mudou a sequência do seu dia, a não ser pela satisfação de ter conseguido conceber uma experiência de atenção plena no momento presente: uma questão de endorfina. Mindfulness – Atenção plena e mente presente!
Nos 364 dias seguintes, ela aceitou o desafio de fotografar uma flor por dia, com a condição de não desviar da sua rotina, e para isso escolheu os mais variados lugares, no caminho do hospital, na porta da escola das crianças, na fila do caixa do supermercado, na sarjeta da esquina, no jardim da casa da sua mãe, até em indesejáveis infiltrações na parede.
Floriana descreveu-me que foi uma surpresa perceber que, se a atitude mental permitir, há muitas flores para serem encontradas no caminho: gratuitas, despretensiosas e solidárias com a natureza humana. Atitude mental é uma questão de escolha e tem o potencial de ser… treinável!
O desejo de Floriana é que as pessoas reconheçam e aceitem as flores encontradas em seus caminhos. Apenas olhar para elas já pode ser um alívio! Quem sabe o começo para manter a conexão com um sentido de gratidão pela vida, fenômeno este que a neurociência já comprova como terapêutico.
E Floriana finalisa:
“E, se algum dia, efetivamente, não houver flores “prontas” no caminho… que não nos falte entusiasmo para se
meá-las, nem paciência para cuidar delas e admirar o seu desenvolvimento, dia após dia”.
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