Quando visitei o Oceanário de Lisboa, a exposição temporária apresentava as florestas tropicais através de um deslumbrante aquário “Florestas Submersas by Takashi Amano”.
Fiquei epinotizada, com aquele show sensorial. Uma experiência que que estimulou os sentidos por meio do cheiro e dos sons da floresta. No entanto, a exaltação veio com a visão da “joia” criada por Takashi Amano, acompanhada da emoção de ouvir a música original, criada pelo músico e compositor Rodrigo Leão. A peça principal desta exposição nasce do convite ao mais famoso aquascaper, Takashi Amano, para criar o maior “nature aquarium” do mundo, com 40 metros de comprimento e 160 mil litros de água doce.
A interpretação artística de Takashi Amano destes mágicos e misteriosos ecossistemas oferecem aos visitantes uma experiência de contemplação, relaxamento, quietude e simplicidade, motivando-os a descobrir a natureza esculpida pelo tempo, envelhecida de forma natural e bela, como se mais de cem anos tivessem passado pelo cenário criado.
Takashi Amano introduziu as técnicas de jardinagem japonesas e o conceito wabi sabi no design de aquários plantados, conhecidos por “nature aquariums“. A sua obra revela a beleza da (im)perfeição, por meio da recriação de florestas tropicais, levando os visitantes a viver uma experiência inimaginável.
TAKASHI AMANO (1954-2015)
Takashi Amano, fotógrafo de paisagem, viajou pelas florestas do mundo retratando a harmonia da natureza intocada. Tornou-se mestre internacional da aquarofilia de água doce com a criação dos aquários plantados, os “nature aquariums“. A sua notável arte recria a natureza, misturando técnicas de jardinagem japonesas com o conceito wabi sabi, enobrecendo o encontro da beleza com a simplicidade e a imperfeição. Takashi Amano acreditava que, se prestarmos atenção à natureza, podemos perceber melhor o nosso mundo e aprender a preservá-lo.
E foi com esse objetivo de reforçar o compromisso do Oceanário de Lisboa para a conservação da natureza e educação ambiental, a nova exposição apresenta o mundo natural por meio de uma perspetiva especial – um ambiente único onde a arte se funde magistralmente com a natureza das florestas tropicais, em que o visitante é levado para o mundo das sensações e emoções e extraviado do seu quotidiano para um universo precioso que o transporta para as origens da vida. As florestas tropicais são dos habitats mais ricos e diversos da Terra. Apesar de ocuparem menos de seis por cento da superfície do planeta, mais de metade da biodiversidade existente vive nestas áreas de floresta antigas, ainda intocadas e intangíveis para a maioria. Apesar da sua importância ecológica, estes habitats são, provavelmente, dos mais ameaçados do mundo.
Alguns fatos reevantes da exposição
- Aquário com 160 m3 de volume, em forma de “U”, com 40m de comprimento, 2,5m de largura e 1.45m de altura;
- O layout do aquário integra 12 toneladas de areia, 25 toneladas de rocha vulcânica e 78 troncos de árvores;
- 40 espécies de peixes tropicais de água doce;
- 46 espécies de plantas aquáticas;
- O maior “nature aquarium” do mundo alguma vez criado por Takashi Amano.
Confira o making of da exposicão Florestas Submersas
Fonte: Oceanário de Lisboa