Todos os anos, entre os meses de maio e junho, o cheiro doce de rosas domina as localidades ao redor de Isparta, capital da província homônima, ao sudoeste da Turquia. Cultivadas por mais de 60 aldeias, entre os lagos Burdur e Egyrdir, a região merece o poético nome de Vale das Rosas.
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Há 130 anos é a maior produtora mundial da flor e durante muito tempo, foi a maior fornecedora do seu óleo para o uso na fabricação de perfumes. Um dos motivos para esse sucesso é a espécie cultivada, a “damascena”, que é uma das mais perfumadas, identificada com o cheiro autêntico da flor.
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Passear por Isparta é uma experiência única para todos os sentidos. Suas ruas perfumadas estão repletas de belas rosas e jardins. E desde muito cedo, já por volta de 4 horas da manhã, pode-se perceber a movimentação que se inicia pelo processo da colheita.
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Extrair a água das rosas é tarefa delicada. Para garantir uma maior quantidade e qualidade da essência, o trabalho deve começar sob o sol fraco da manhã, e ir até no máximo as 10 horas, período em que ainda não se iniciou o processo natural de evaporação do óleo essencial. E como ele está concentrado nas pétalas, é preciso saber tirar apenas a flor, manualmente, sem danificá-la e cuidando para não se ferir com os inúmeros espinhos ao redor.
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O preço alto do produto extraído justifica-se. Imagine que para obter apenas uma gota de óleo essencial (isso mesmo: uma gota!), é necessário um saco de 25kls de pétalas, ou seja… um dia inteiro de trabalho humano.
Haja rosas! Mas o Vale das Rosas tem.