O isolado vilarejo Zalipie, no sudeste da Polônia, é o lar de uma tradição encantadora.
X
Há mais de um século, as mulheres da vila começaram a pintar suas casas. Mas não com uma cor única e uniforme, como se poderia esperar de uma sociedade tradicional e conservadora. E sim com cores vivas, fortes e vibrantes, espalhando flores por toda a parte. Nas fachadas, nas portas, nas janelas, nos móveis e até no teto! Tudo parece imerso em uma surpreendente profusão de cores e alegria.
x
Há inclusive uma esperada competição anual, na ocasião de Corpus Christi, quando os pintores capricham na criação de novos padrões e no retoque das pinturas já existentes.
X
Não se sabe exatamente quando e como tal tradição começou. Uma lenda local, porém, diz que a origem está no fato de que a fumaça dos fogões (sem chaminés) escapava por pequenos buracos nos tetos. Para encobrir as manchas de fuligem que se formavam, as mulheres tentavam branquear as suas paredes. Como isso não funcionava, tiveram então a ideia de mudar para as belas pinturas atuais.
X
Foi quando a pequena vila, através da arte dessas mulheres, floresceu.
X
Entre estas, destaca-se Felicia Curylowa. Obcecada pelas pinturas, esta senhora cobriu de flores cada superfície possível de sua casa de três quartos. Paredes, colchas, almofadas, cobertas, tudo o que era imóvel se tornava uma potencial tela para ela. Não por outro motivo sua casa foi transformada em um gracioso museu.
X
Bastante conhecida pelos poloneses, mas não pelos turistas, a charmosa vila de Zalipie vale a visita. E, apostamos, a selfie.