Maravilhosas coleções de arte convivem em harmonia com a arquitetura e natureza. Criação humana com o meio ambiente. O Inhotim é um lugar que representa em pequena escala um modelo que por meio das propostas artísticas mostra o desenvolvimento sustentável e o uso dos recursos.
O Instituto Inhotim começou a ser planeado pelo empresário mineiro Bernardo de Mello Paz a partir de meados da década de 1980. A propriedade privada se transformou com o tempo, tornando-se um lugar singular, com um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea e centro de arte ao ar livre do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.
Com atuação multidisciplinar, o Inhotim se concretiza, a cada dia, como um agente propulsor do desenvolvimento humano sustentável. Os acervos são mobilizados para o desenvolvimento de atividades educativas e sociais para públicos de faixas etárias distintas. O Inhotim, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), tem construído ainda diversas áreas de interlocução com a comunidade de seu entorno.
Está localizado em Minas Gerais numa cidade chamada Brumadinho, com 30 mil habitantes, a apenas 60 km da capital Belo Horizonte.
Segundo os moradores de Brumadinho, quando o local ainda era uma fazenda no século XIX, entre as pessoas que trabalhavam lá, havia um responsável que era um inglês, de nome Timothy – o “Senhor Tim”, que, na linguagem local, acabou virando “Nhô Tim” ou “Inhô Tim”.
O Instituto Inhotim esta inserido dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 m e 1.300 m acima do nível do mar, com uma área total é de 786,06 hectares, sendo 440,16 ha como área de preservação, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 ha.
A área de visitação do Inhotim tem 96,87 ha e compreende jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelhos d’água. O jardim botânico tem 4.300 espécies em cultivo e está cercado por mata nativa, com trinta por cento de todo o acervo em exposição para o público, com cerca de 102 hectares.
Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a classificação oficial de Jardim Botânico, onde estão cerca de 1.500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.
Além das 170 obras de arte em exposição, o museu expõe para uso e contemplação 98 bancos do designer Hugo França. O primeiro banco foi colocado no jardim em 1990, sob a sombra da árvore tamboril, um dos símbolos do parque. Os bancos são feitos de troncos e raízes de pequi-vinagreiro, árvore comum na mata atlântica, que são encontrados caídos ou mortos na floresta.
Aberto de terça a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar previamente. As quartas, a entrada é grátis.
“Poucas instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins e montes e campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre”
Jornal The New York Times